As matas de pinheiro-bravo (Pinus pinaster) - os pinhais - constituem um interessante ecossistema, dada a biodiversidade que, apesar de tudo, conseguem apresentar face a outras monoculturas, nomeadamente aos eucaliptais.
Nos seus altos ramos, movimentam-se tanto de dia como de noite diversas aves, mamíferos e insectos, que neles encontram habitats adequados.
O sub-bosque, diversificado em arbustos, constitui também ele um habitat importante para diferentes espécies animais que nele encontram abrigo e alimento, nomeadamente mamíferos, répteis, anfíbios, insectos e outros invertebrados.
Neste sub-bosque encontram-se plantas aromáticas como o rosmaninho (Lavandula stoechas) e a urze-roxa (Erica cinerea). Muito comum é o tojo-arnal (Ulex europaeus), capaz de oferecer na Primavera um mosaico amarelo sobre a mancha escura do pinhal.
Também a camarinheira (Corema album), que a partir do final do Verão disponibiliza o seu saboroso fruto, não só ao homem como aos demais seres, constitui um ex-libris da mata.
O solo húmido dos pinhais, coberto de agulhas e musgos, é nesta altura do ano pródigo em diferentes tipos de cogumelos. Além daqueles que vivem sobre o solo há outros que apresentam como substrato os próprios troncos dos pinheiros, como o belo saprófito Gymnopilus spectabilis.
(continua)
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