sábado, 22 de outubro de 2011

Reduzir os Desastres Naturais


Centro Comercial Dolce Vita (Ovar)

Em 2000, as Nações Unidas definiram uma Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR), de modo a preparar comunidades de risco, com vista à redução de perdas humanas, sociais, económicas e ambientais, decorrentes dos grandes desastres naturais.

De facto, à multiplicidade de Desastres Naturais, tais como erupções vulcânicas, furacões, sismos, desabamentos, inundações, incêndios, epidemias, erosão intensa,…. estão quase sempre associados danos graves sobre bens e/ou pessoas, incluso a ocorrência de um grande número de vítimas mortais.

No passado dia 12 de Outubro comemorou-se o Dia Internacional para a Redução dos Desastres Naturais. Uma data instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas no sentido de alertar as consciências e promover a reflexão sobre o tema, sobre as estratégias de prevenção daqueles, assim como, das opções que o Homem é capaz de conceber para minimizar os seus efeitos nocivos.

É quase um dado consensual à escala mundial que, a manifestação regular por todo o planeta de desastres naturais está associada à acumulação na atmosfera de grandes quantidades de gases com efeito de estufa (GEE).

Minimizar os impactes dos Desastres Naturais passa, por um lado, pela produção de mais informação científica (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) com vista a um melhor conhecimento das causas responsáveis pelos desastres na actualidade, e por outro, pela aplicação por parte dos governos nacionais, regionais e locais, de políticas que contribuam para a redução da emissão de GEE.   

Sobre políticas sustentáveis destaca-se a importância das políticas florestais de cada estado, região ou concelho. A floresta, além de  constituir um "balão de oxigénio" constitui um importante sumidouro de dióxido de carbono, o principal GEE. Por conseguinte, a preservação da floresta, bem como o reforço da mesma em áreas onde se encontra degradada, é fundamental.

É pois, prioritário haver floresta. Quer sejam de grandes dimensões ou de dimensão localizada. 

Abertura de clareiras florestais (S. Pedro de Maceda - Ovar)
É pois, crime grave destruir manchas florestais, sem que haja lugar à reposição das mesmas ou a pretexto de projectos socialmente não prioritários (foto ao lado). 

É pois, opção pouco responsável sacrificar áreas florestais para construir infra-estruturas que podem ser instaladas em outros locais, sem impactos ambientais graves, como espaços já urbanizados e/ou baldios (como a que é ilustrada na foto superior).

É pois, importante perceber que os grandes Desastres Naturais da actualidade se devem a um somatório imenso de desastrosas opções e atitudes das nossas sociedades. 
        


(este artigo foi publicado no jornal "João Semana", de 01/11/11)

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