O movimento migratório das aves que chegam à Ria de Aveiro neste Outono, que vai seguindo com temperaturas ainda moderadas, começa a revelar aquelas espécies que não sendo novas na laguna ainda são consideradas raras. Está neste caso a Garça-branca-grande (Casmerodius albus).
É uma visão muito grata quando ao
longe, por entre as gramíneas altas dos prados, se consegue vislumbrar esta
ave, graças aos comprimentos do seu pescoço e bico que não deixam margem para dúvidas.
Adoptando estratégias de campo
adequadas é possível observar esta raridade com maior proximidade.
Então, constata-se que com um tamanho próximo do da Garça-real (Ardea cinerea), se distingue perfeitamente desta pela cor branca da sua plumagem. Muito maior que a garça-branca-pequena (Egretta garzetta), que apresenta também uma plumagem impecavelmente branca, distingue-se desta última, pela coloração amarela do seu bico e pela coloração preta dos dedos.
Também é possível confirmar que esta ave, no solo, é menos tímida que a Garça-branca-pequena e que ao voar, o faz com um batimento de asas mais compassado.
É uma delícia apreciar o seu modo
de caça, com uma progressão no terreno, que considero intermédia entre a maior lentidão
da Garça-real e a maior rapidez da Garça-branca-pequena.
A observação desta espécie é, de
facto, um brinde entre as muitas belezas que o Outono nos traz!
Sem comentários:
Enviar um comentário