O ninho da pega-rabuda, frequentemente aproveitado de anos anteriores, é restaurado por ambos os cônjuges, com novas ramagens trazidas pelo macho, de modo a garantir a segurança dessas volumosas estruturas, quase sempre abobadas e com uma abertura lateral. O seu fundo é atapetado com muita terra, lama, fibras e raízes.
Iniciada a postura, de 5 a 8 ovos, segue-se um período de incubação de 17 a 18 dias, cumprido exclusivamente pela fêmea, durante o qual, o macho é responsável por levar o alimento para a sua parceira.
Enquanto a fêmea aquece os seus preciosos ovos, o macho está envolvido em sucessivas viagens, de ida e volta, do e para o ninho. Estas belas aves, alvi-negras com reflexos azuis-esverdeados na plumagem e com uma conspícua cauda, são observadas insistentemente a chegarem ...
.... e a partirem do ninho.
Apesar de não ser possível ter uma visão clara do ninho, pelo intrincado de ramagens que o arvoredo já vai apresentando, é possível, contudo, fazer um seguimento comportamental da espécie a partir dos movimentos do macho.
Este, sempre que chega ao ninho com alimento, pousa num primeiro momento num ramo próximo, observando em redor durante algum tempo, assegurando-se que a sua chegada não foi detectada por algum predador.
Após alguns instantes salta para um outro ramo, ainda mais próximo do ninho, onde voltará a olhar em volta, mais uma vez, garantindo a segurança da sua localização.
Só depois, sentindo que não existem quaisquer perigos, entrará no ninho para entregar o alimento à sua companheira.
O macho demorar-se-à no ninho poucos minutos. Ao sair, apresentará as mesmas precauções de segurança, realizando os mesmos passos em redor do ninho, agora por ordem inversa, antes de se afastar .
Primeiro, pousa num ramo próximo ...
... voando, então, para longe em busca de alimento.
O macho de pega-rabuda repetirá estas incursões várias vezes ao dia, com intervalos que variam entre cinco a dez minutos.
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