sexta-feira, 17 de maio de 2024

A garça-boieira

 





As marismas são um paraíso para a vida selvagem durante o ano inteiro.

Se o Outono e o Inverno trazem até à Península Ibérica milhares de aves provenientes das latitudes nórdicas, a Primavera e o Verão trazem outros tantos visitantes das latitudes africanas. Quer num caso quer no outro, tratam-se de fugas a situações adversas para as respectivas populações orníticas. 



No meio termo, a marisma vive também das suas populações residentes. Aquelas que conseguem levar toda a sua existência sem necessidade de efectuarem viagens de longa distância. Entre estas está a garça-boieira (Bubulcus ibis). 



Com uma plumagem branca e um bico amarelo, esta ave está perfeitamente adaptada ao meio aquático, graças aos tarsos e dedos compridos, que lhe permitem a deslocação em solos lamacentos. Contudo, dentro da sua família, é a espécie que menos depende deste meio, encontrando-se frequentemente em prados secos.



Por seu lado, o bico aguçado consegue a captura de pequenas e esguias presas, como insectos, ácaros e aranhas, que fazem parte da sua dieta alimentar.



Contudo, a espécie não despreza outras presas, como peixes de pequenas dimensões.



Com cerca de meio metro de comprimento e quase um metro de envergadura é um dos elementos mais pequenos da sua família (Ardeidae). 

Com a chegada do período reprodutor, a plumagem de cor branca, adquire tonalidades alaranjadas na cabeça, peito e dorso, enquanto o bico amarelado adquire tons rosados.




(continua)


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