terça-feira, 7 de setembro de 2021

Migradores outonais na faixa litoral aveirense (V)

Entre as espécies migradoras outonais contam-se os passeriformes da família Sylviidae (Felosas). Entre estas, e pela quantidade de indivíduos observados nas zonas húmidas da região, destacam-se três.

 

A Felosa-musical (Phylloscopus trochilus) é dos passeriformes mais comuns durante as migrações a caminho de África.

  



A Felosa-das-figueiras (Sylvia borin) é uma espécie que nidificando no norte do país passa pelo litoral centro também a caminho de África.




A Felosa-dos-juncos (Acrocephalus schoenobaenus) é uma migradora de passagem para África.

  


  

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Migradores outonais na faixa litoral aveirense (IV)


Setembro …


O Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) volta a avistar-se em números elevados por toda a região litoral aveirense e por aqui irá permanecer até ao fim do Inverno.

 



A andorinha-do-mar-anã (Sterna albifrons) é uma espécie de nidificação muito localizada na região. Nesta altura do ano, contudo, o número de avistamentos aumenta devido à migração das populações provenientes do norte da Europa.

 



A Gaivina-preta (Chlidonias nigra) nidifica no norte e centro da Europa, sendo nesta época avistada na nossa região, de passagem a caminho de África.

 



O Cartaxo-nortenho (Saxicola rubetra) é uma espécie que nidifica localmente no interior norte do país sendo observado regularmente no litoral aveirense durante as passagens migratórias.

 


sábado, 4 de setembro de 2021

Migradores outonais na faixa litoral aveirense (III)

As migrações outonais representam uma oportunidade para a observação de várias espécies que dificilmente se avistam nesta região durante o resto do ano.

 

Os bandos de Ganso-bravo (Anser anser) estão a passar vindos do norte, onde as temperaturas já baixaram, empurrando-os para sul.

 



A Frisada (Anas strepera) é uma espécie que, embora residente, é nesta altura muito mais comum, devido aos bandos que chegam do norte da Europa.

 



O Pato-ferrugíneo (Tadorna ferruginea) é uma raridade, que marca presença este mês de Setembro na região.

 



A Íbis-preta (Plegadis falcinellus) é uma espécie que inverna principalmente em África e muito localmente em Portugal. Neste período o número de observações aumenta significativamente.

 



O Mergulhão-de-crista (Podiceps cristatus) é um residente localizado em águas interiores portuguesas que migra para o litoral para aqui passar o Inverno.

 


O Caimão (Porphyrio porphyrio) é também um residente muito localizado em áreas do centro e sul do país; contudo, durante as migrações costuma aparecer pela região.

 


 


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Migradores outonais na faixa litoral aveirense (II)

O mês de Setembro tem sido rico em observações de migradores outonais que vão ocupando o litoral aveirense. Entre estes destacam-se, pelos elevados efectivos, as aves limícolas, quase sempre formando grupos inter-específicos.

Entre as limícolas mais abundantes surge o Pilrito-de-peito-preto (Calidris alpina), nomeadamente pelo grande número de juvenis presentes. Esta espécie continuará a ser durante o Inverno a limícola dominante.

 


Também o Pilrito-das-praias (Calidris alba) é uma espécie comum por aqui nesta época e durante todo o Inverno.

  


O Maçarico-real (Numenius arquata) também é observado nesta altura em pequenos grupos nas águas baixas e nas margens lodosas.

  



Outra espécie, comum durante as migrações e Inverno, é o Perna-verde (Tringa nebularia).

 



O Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa) é uma espécie mais comum durante este período migratório do que durante o período de Inverno.

  


Outra espécie, que nesta época é muito frequente nos bandos mistos de limícolas, é a Rola-do-mar (Arenaria interpres). Tanto esta como muitas outras aves do litoral encontram alimento fácil devido à abundância do Lagostim-vermelho-da-Louisiana (Procambarus clarkii).




O Combatente (Philomachus pugnax) é uma ave que habitualmente se observa mais facilmente durante este período, normalmente isolado ou então em pequeno número.

  


Terminamos este apontamento referindo a presença, na região, de uma espécie acidental, porque nidificante na América do Norte e NE da Ásia. Trata-se do Pilrito-de-colete* (Calidris melanotos) … um solitário entre dezenas de outras pequenas e semelhantes aves limícolas.

  

        * ave ao centro e em primeiro plano

 

  

 

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Migradores outonais na faixa litoral aveirense

Ainda o mês de Agosto ia a meio e já as Cegonhas-brancas (Ciconia ciconia) tinham abalado dos campos e os seus ninhos viam-se sem criações tardias. Este ano e ao contrário de anos anteriores o ciclo de nidificação da espécie revelou-se mais conforme com o calendário tradicional.

 



A presença do Chasco-cinzento (Oenanthe oenanthe) nesta região durante o Verão não é habitual. Contudo a observação de um exemplar no último dia de Agosto revela que a espécie se encontra em dispersão das suas áreas de nidificação, principalmente por se tratar de um indivíduo com plumagem de 1º Inverno.

Apesar da diferenciação rigorosa entre subespécies exigir o conhecimento das respectivas biometrias o exemplar avistado, pela extensão cromática das partes inferiores parece corresponder à ssp. leucorhoa (proveniente do norte da Europa).

  



O Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula) é presença habitual ao longo de todo o ano na laguna aveirense; contudo, neste início de Setembro o seu número é consideravelmente mais elevado devido à presença dos indivíduos provindos do norte, nomeadamente um grande número de juvenis.

 



Também o Guincho-comum (Larus ridibundus),* que em alguns anos ocorre na região em número reduzido durante a época de nidificação, neste período pelo contrário, ocorre em números elevados com a sua plumagem de Inverno, devido aos migradores que aqui já chegaram.

 


O Perna-vermelha (Tringa totanus), é presença regular na laguna aveirense ao longo do ano; contudo é nos períodos migratórios que pode ser observado em grandes números, incluindo muitos juvenis.

 


O Maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucus) é presença comum nas zonas húmidas da região. A sua população nesta época do ano aumenta significativamente com a chegada das populações reprodutoras do norte e centro da Europa. Frequente o avistamento de juvenis.

 



O Papa-moscas-preto (Ficedula hypoleuca) é uma espécie difícil de ser observada na região fora dos períodos de passagem migratória onde então, como agora, se torna bastante comum.

  


 

 

*A nomenclatura científica não corresponde à que é sugerida pela IOC World Bird List, por falta de consenso quanto à sua oportunidade.