quinta-feira, 21 de abril de 2022

A alvéola-cinzenta (II)

 



(continuação)


Em função do habitat escolhido, a alvéola-cinzenta pode ser vista a esvoaçar de forma ondulante sobre os campos húmidos...




... ou a vasculhar por entre as rochas do rio ... 


                               

... buscando os preciosos insectos, base do seu sustento. 


E fá-lo, de forma expedita, com constantes mudanças de direcção, num comportamento algo impaciente, característico de toda a família Motacillidae.






Esta ave constrói o seu ninho nas proximidades da água. Para o efeito usa as concavidades rochosas das margens ou as reentrâncias de edifícios velhos ou demais estruturas em pedra. 




A nidificação inicia-se em Março. Pelo menos na terceira semana deste mês há já casais a realizarem a postura. Após um período de aproximadamente duas semanas, em que a fêmea choca os 4 a 6 ovos de cor creme, finamente sarapintados, nascem os juvenis, que abandonarão o ninho cerca de duas semanas depois, sendo então observados junto à entrada do ninho. 





(continua)


sexta-feira, 15 de abril de 2022

A alvéola-cinzenta (I)

 



A alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea) é uma pequena ave, de linhas esbeltas, de cor amarela viva por baixo, mais esbatida na fêmea e cinzenta nas partes superiores. Na Primavera e Verão, os machos distinguem-se bem, pois apresentam a garganta negra. 

Com uma cauda bastante comprida, sempre a balancear e com umas patas especialmente curtas, apresenta um comportamento bastante irrequieto.

É uma espécie abundante no nosso país, sobretudo a norte do Tejo. 



O seu habitat típico são os cursos de água corrente, de leito rochoso, rodeados de arvoredo e vegetação aquática, onde é vista a esvoaçar de rocha em rocha.



Contudo, também é possível observá-la em campos encharcados pelas últimas chuvadas primaveris ou nas margens lodosas de esteiros, de águas mais calmas.




Quando os esteiros vão cheios e não há lugar para a existência de vasas, a alvéola-cinzenta é observada pousada sobre os caniços e os juncos da margem ... 



... ou mesmo empoleirada nas ramagens de árvores próximas do curso de água.




(continua)

terça-feira, 12 de abril de 2022

Fugazes e tímidos

 





As galinhas-d'água (Gallinula chloropus) e os galeirões (Fulica atra) são duas espécies muito frequentes nas nossas zonas húmidas. 

Vivendo por entre as plantas aquáticas constituem-se como presas fundamentais para diversos predadores, habitantes destes ecossistemas.

sábado, 9 de abril de 2022

Denúncias ambientais

 




Neste episódio da rubrica Biosfera (RTP 2) são abordados diferentes atentados ambientais, destacando-se:


- o impacto costeiro de um aumento na extensão do molhe portuário de Leixões

 e 

- a destruição do Pinhal das dunas de Ovar.





segunda-feira, 4 de abril de 2022

Arautos da Primavera

 



Outrora, chegavam todos os anos à Europa, vindas de África, logo nos primeiros meses do ano. Anunciavam a chegada da Primavera!

Actualmente, devido a alterações nos seus padrões de distribuição, permanecem no país durante todo o ano. Trata-se da Cegonha-branca (Ciconia ciconia).

sábado, 2 de abril de 2022

Chegadas primaveris (I)

 



À região aveirense continuam a chegar espécies provenientes do continente africano e que por aqui se vão fixar e reproduzir. O seu primeiro registo anual constitui sempre um momento de especial interesse.

  

Data

Espécie

Habitat

 

 

 

24.03

Andorinha-do-mar-anã

(Sterna albifrons)

Ria de Aveiro

31.03

Cigarrinha-ruiva

(Locustella luscinioides) 

Caniçais

31.03

Rouxinol-pequeno-dos-caniços

(Acrocephalus scirpaceus) 

Caniçais

02.04

Garça-vermelha

(Ardea purpurea)

 

Caniçais