domingo, 24 de novembro de 2013

Dia da Filosofia

Praia de Cortegaça (de acentuada erosão)
No passado dia 21 assinalou-se o Dia da Filosofia. Esta data foi escolhida pela UNESCO em 1995 aquando da Declaração de Paris, por se entender que os problemas de que trata a filosofia são os problemas da vida e da existência dos homens considerados universalmente. Nas referidas jornadas da UNESCO foi entendido, entre outros, que a actividade filosófica:

não deve retirar nenhuma ideia à livre discussão
- deve examinar com atenção os argumentos dos outros
- deve favorecer a abertura de espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância entre os indivíduos e entre os grupos;
- deve formar espíritos livres e reflexivos, capazes de resistir às diversas formas de propaganda, de fanatismo, de exclusão e de intolerância;

- deve contribuir para a formação de cidadãos, exercendo a sua capacidade de julgamento, elemento fundamental de toda a democracia.


Vem isto a propósito de que a cultura filosófica defendida pela UNESCO foi para alguns filósofos da nossa terra, em tempos recentes, "osso bem duro de roer", diria mesmo, "osso nunca suficientemente roído". 

De facto, entre a dialéctica construtivista das teses defendidas por estes filósofos (ávidos únicamente de poder) e a dialéctica da acção, anti-democrática porque intolerante, vai um enorme fosso. Este fosso traduziu-se numa fraude à res publica, numa atitude intelectualmente desonesta. 

Mas a História não perdoa e registará que: passam os filósofos, mas fica a filosofia!




sábado, 16 de novembro de 2013

Dia Nacional do Mar

Hoje assinala-se em Portugal o Dia do Mar.





Mar .... de águas nem sempre limpas.




Mar .... com areais transformados em lixeiras.




Mar .... com dunas esmagadas pelo avanço da erosão.




Mar .... com muralhas de pedra em vez de areia.




Mar .... do Torrão do Lameiro .... do Furadouro .... de Maceda .... de Cortegaça.... de Esmoriz.............Este é o mar de OVAR.





terça-feira, 5 de novembro de 2013

A praia dos tubarões

Na parte norte do Furadouro, movimentações poderosas escavam a areia da praia para soterrarem grandes quantias de dinheiro. Os blocos de rocha custam o já pouco dinheiro de todos nós.

Defende-se a praia, cada vez mais magra. Defendem-se construções implantadas junto ao mar que nunca deviam ter sido construídas ali. Mas defende-se, sobretudo, um hotel edificado numa época tão recente e já com tantos problemas de erosão, que até causa impressão!

Mais uma vez eles aí estão. São sempre os mesmos e usam sempre a mesma metodologia.... Camiões, máquinas e pedras!

E para quê? Para defender a praia? Nem pensar! Quando o mar invernoso chegar, rapidamente levará a areia e deixará a descoberto tudo aquilo que agora se enterra.





Infelizmente, continuam a soar como oportunas, as palavras de Ricardo Afonso Marques, no seu "Ensaio sobre a apologia dos néscios", e que constam da nota de abertura do livro "A praia dos Tubarões":

“Estrategicamente afastados da frente da batalha, mas orgulhosamente sós com seus camuflados vestidos, os mercenários generais ora estudam e confrontam planos, ora confrontam e estudam estratégias.
Passam-se os dias, gastam-se os anos. E a guerra, essa guerra que afinal é sempre igual, parece não ter mais fim .
Fechados nos seus aquartelamentos, não vêem a luz. Por tal facto, não a podem reflectir no seu agir, comportando-se como verdadeiros cegos ! ”