Na parte norte do Furadouro, movimentações poderosas escavam a areia da praia para soterrarem grandes quantias de dinheiro. Os blocos de rocha custam o já pouco dinheiro de todos nós.
Defende-se a praia, cada vez mais magra. Defendem-se construções implantadas junto ao mar que nunca deviam ter sido construídas ali. Mas defende-se, sobretudo, um hotel edificado numa época tão recente e já com tantos problemas de erosão, que até causa impressão!
Mais uma vez eles aí estão. São sempre os mesmos e usam sempre a mesma metodologia.... Camiões, máquinas e pedras!
E para quê? Para defender a praia? Nem pensar! Quando o mar invernoso chegar, rapidamente levará a areia e deixará a descoberto tudo aquilo que agora se enterra.
Infelizmente, continuam a soar como oportunas, as palavras de Ricardo Afonso Marques, no seu "Ensaio sobre a apologia dos néscios", e que constam da nota de abertura do livro "A praia dos Tubarões":
“Estrategicamente
afastados da frente da batalha, mas orgulhosamente sós com seus camuflados
vestidos, os mercenários generais ora estudam e confrontam planos, ora
confrontam e estudam estratégias.
Passam-se
os dias, gastam-se os anos. E a guerra, essa guerra que afinal é sempre igual,
parece não ter mais fim .
Fechados
nos seus aquartelamentos, não vêem a luz. Por tal facto, não a podem reflectir no
seu agir, comportando-se como verdadeiros cegos ! ”
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