segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Migradores outonais na Ria de Aveiro (III)

A cada dia que passa, os bandos migratórios vão descendo sobre os terrenos húmidos da Ria de Aveiro, pondo fim a uma epopeia, que para muitos foi trágica e ao mesmo tempo, fazendo aumentar os efectivos avifaunísticos da laguna. Prados e praias inter-tidais são das zonas preferenciais para estas aves se restabelecerem do enorme dispêndio de energia gasto. 

 

Os Estorninhos-malhados (Sturnus vulgaris) chegaram aos campos que envolvem a Ria e a sua presença, desde logo, não passou despercebida. Com uma silhueta inconfundível, de asas pontiagudas e cauda curta, sempre irrequietos, voam rápido e em grupo, ao mesmo tempo que emitem os seus chamamentos.

À distância é muito difícil distingui-los dos seus congéneres, o Estorninho-preto (Sturnus unicolor), que é residente na região. No entanto, nesta estação, e apesar de ambas as espécies apresentarem uma tonalidade geral negra e pintas brancas na plumagem, constata-se que as do Estorninho-malhado são maiores e, por conseguinte, mais perceptíveis ao olhar.

É frequente verem-se bandos mistos constituídos por ambas as espécies.

  



O Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula) é outro dos migrantes agora chegado. É normalmente observado nas praias de vasa, solitário ou em pequeno número, frequentemente integrado em grupos de outras limícolas.

A sua maior envergadura, a coloração da cabeça e as patas alaranjadas permitem-no diferenciar das outras espécies similares.

             



O Perna-verde-comum (Tringa nebularia) pertence ao grupo das limícolas de maiores dimensões. De bico comprido e ligeiramente arqueado para cima, tonalidades superiores acinzentadas contrastando com o branco das partes inferiores, é visto frequentemente a pescar em águas pouco profundas.

  


 

A Rola-do-mar (Arenaria interpres), é um migrador outonal que, tal como a generalidade das espécies já chegadas,  irá permanecer na Ria de Aveiro durante o Inverno.

Com uma apetência muito grande pelos habitats rochosos do litoral, pode também nesta época ser vista em praias intermareais.

Apresenta um padrão cromático muito característico que a identifica de outras limícolas.

 

 



E nós, interessados pela beleza e pela dinâmica da vida em plena natureza, vamos continuar a aguardar por novos migrantes ...


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Migradores outonais na Ria de Aveiro (II)

 A Ria de Aveiro, como zona estuarina que é, constitui um meio natural muito produtivo, capaz de fixar durante o Outono grandes populações de aves limícolas, que aqui encontram um local extraordinário para recuperarem das longas viagens que acabaram de realizar.

Mais aves migradoras estão já instaladas nesta altura na Ria de Aveiro, alimentando-se nos seus diferentes habitats.

 


O Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) é uma ave de grande envergadura, globalmente negra e que pesca, mergulhando, nas águas da laguna.

Ao longo dos meses de Outono vão chegando sucessivos bandos, que por aqui vão permanecer durante o Inverno.

São observados, frequentemente, poisados na areia ou nalgum poleiro, com as asas abertas, para mais facilmente se secarem.



 

O pilrito-comum (Calidris alpina), tal como o seu nome o diz, é a mais comum das pequenas limícolas que frequentam a laguna aveirense. Tal como as restantes espécies de limícolas acaba de chegar do norte, com as suas reservas energéticas esgotadas. A sua plumagem é de um cinzento acastanhado no dorso e clara nas partes inferiores.




Outro visitante outonal na Ria é o Pilrito-das-praias (Calidris alba), que chega a esta região vindo das altas latitudes árcticas onde se reproduz. É uma espécie muito comum no Outono e Inverno também nas praias, onde é visto junto à linha de água atrás dos pequenos invertebrados trazidos pelos espraio das vagas.




Nas praias de vasa formadas na Ria de Aveiro é frequente observarem-se diferentes espécies de limícolas a alimentarem-se juntas, como acontece com as duas últimas citadas.



 


O Maçarico-galego (Numenius phaeopus) distingue-se do maçarico-real pelo seu menor tamanho do corpo e do bico e pelo padrão da sua cabeça, já que apresenta os lados da coroa acastanhados, separados de uma risca escura sobre o olho.

 


O Maçarico-de-bico-direito (Limosa limosa), é outro migrador, que chega em bandos numerosos, proveniente do árctico. Alguns indivíduos fazem a viagem sem etapas intermédias; por esta razão, a Ria de Aveiro constitui durante o Outono e Inverno um espaço onde estas aves poderão restabelecer as suas reservas de gordura para a viagem de retorno.

De envergadura um pouco menor do que a espécie anterior, distingue-se claramente daquela pela forma do bico, mas também por apresentar as partes superiores da plumagem de um acinzentado uniforme.

 


 

A Íbis-preta (Plegadis falcinellus) é uma espécie que migra preferencialmente para o continente africano, onde inverna. Contudo, na última década tem tido uma dispersão crescente pela laguna aveirense durante os meses de Outono e Inverno.

Em qualquer altura do ano esta ave pode ser identificada à distância pela sua tonalidade muito escura e pelo bico curvo. No Outono e a curta distância não se observam as diferentes tonalidades que a plumagem de Verão apresenta, mas antes toda a plumagem é de um escuro baço com a cabeça sarapintada de pequenas manchas brancas.

  


A migração outonal ainda não terminou! Outros protagonistas irão surgir na Ria de Aveiro.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Migradores outonais na Ria de Aveiro (I)

 Com a chegada do Outono começaram a chegar ao nosso país e em particular à nossa região as aves migradoras.

Umas, limitam-se a ser migradoras de passagem, mas muitas outras, por aqui vão ficar durante os meses frios de Inverno.

Estas últimas vão-se instalar em diferentes habitats consoante as suas características fenológicas. A Ria de Aveiro, pelas suas características particulares de extensa zona lagunar, oferece uma diversidade de habitats a muitas destas aves, que ocupam não só as suas águas, vasas, sapais, marinhas e prados húmidos.

 

Uma das primeiras espécies a ser avistada, em pequenos grupos, é o Colhereiro (Platalea leucorodia).

De plumagem alva, com um penacho pendente da nuca e o bico em forma de espátula, alimenta-se em águas pouco profundas, com o bico mergulhado dentro de água, ao mesmo tempo que vai movendo a cabeça para um e outro lado.

  


Outra espécie que aparece cedo neste período migratório é o Garajau-de-bico-preto (Sterna sandvicensis).

Embora neste período outonal a espécie seja observada regularmente a pescar no mar, não deixa de entrar na Ria de Aveiro, pois também aqui encontra abundante pescaria.

Distingue-se pelo bico preto com a extremidade do mesmo amarela, a testa branca, uma poupa na nuca e patas curtas e pretas.

  



A Garça-real (Ardea cinerea), de tonalidade geral cinzenta, por cima, e clara, por baixo, é a maior de entre as espécies de garças que pertencem à fauna portuguesa.

Embora seja uma espécie residente na região, é nesta altura do ano que os seus efectivos aumentam, pois chegam à Ria de Aveiro as muitas aves migrantes.

Avistada, geralmente, imóvel ou deslocando-se muito lentamente em busca de presas, explora variados habitats.

 



O Perna-vermelha-comum (Tringa totanus) é uma das limícolas de médio porte mais comuns na Ria de Aveiro.

Distingue-se claramente pelo avermelhado das patas e da base do bico. Frequenta áreas pantanosas e praias de vasa.

 



A Tarambola-cinzenta (Pluvialis squatarola) chega à Ria de Aveiro proveniente da tundra árctica, onde cria. Enquanto a maioria dos migradores desta espécie seguem a sua viagem até África, alguns exemplares por aqui ficam, passando por cá também o Inverno.

É uma ave de silhueta grande, compacta, com cabeça volumosa e bico forte. Apresenta plumagem geral pintalgada de cinzento e normalmente é avistada só ou em pequeno número.

  



sábado, 10 de outubro de 2020

Cores de Outono: os primeiros dias

O Outono nos parques e jardins da cidade chegou em tons predominantemente verdes!

                                


O arvoredo ripícola, verdadeira alma do parque urbano, começa aos poucos a dar sinais de mudança, com algumas espécies a evidenciarem o início daquela que será, daqui a umas semanas, uma verdadeira metamorfose colorimétrica.

   




É sobretudo à luz cristalina matinal desta primeira semana que o alto das copas revela que afinal o fabuloso processo outonal já começou!









quarta-feira, 7 de outubro de 2020

O Covid-19 e as aves da nossa cidade: tempo de passagens

Outono!

Este ano a estação está ensombrada pelo início de uma segunda vaga pandémica, que se estima ser bem mais grave que a primeira. Os números da DGS não enganam e continuam a colocar o município ovarense numa situação nada tranquilizadora, com cerca de 750 infectados ao quinto dia do mês de Outubro.








À margem deste clima de ansiedade para os humanos, o amanhecer nos parques e jardins da cidade de Ovar é nesta altura do ano feito de uma grande quietude. Os primeiros raios de Sol ainda não conseguem chegar a todos os cantos do arvoredo, nem tão pouco esconder o frio matinal que mantém muitos dos seres vivos ainda recatados nos seus dormitórios.



Entre os mais activos a esta hora da manhã, destacam-se as espécies mais comuns e também mais adaptadas ao homem, como os pombos-domésticos (Columba livia, raça doméstica), as rolas-turcas (Streptopelia decaoto), os melros-pretos (Turdus merula) e as pegas-rabudas (Pica pica), que esvoaçam de árvore em árvore como que em matinais exercícios de aquecimento.

Contudo, entre estes surge um personagem novo, o gaio (Garrulus glandarius). Apesar de ser uma espécie residente na região só agora é visto, regularmente, a voar, com seu voo poderoso e directo, entre as grandes manchas arbóreas da cidade, pois durante a época de criação preferiu, pela sua grande esquivez, o maior recolhimento das matas. 




Com o final do Verão começaram a regressar ao sul várias espécies de aves que tinham chegado até nós no início da Primavera, algumas das quais foram alvo de artigos anteriores. Pelo facto de não encontrarem nas nossas paragens as condições ambientais adequadas para aqui passarem o Inverno, são chamadas de espécies estivais.

Como que a preencher o vazio deixado por estas, começaram a surgir a partir dos finais de Agosto, vindas de maiores latitudes, novas espécies que, fugindo aos rigores do clima, por aqui ficarão até à Primavera do próximo ano. Logo que as condições climáticas melhorarem nos territórios do norte, aí regressarão, para fazerem criação. Chamam-se a estas, espécies invernantes.

Quer um quer outro grupo fazem parte das chamadas espécies migradoras. Um terceiro grupo de espécies migrantes são aquelas que atravessam as nossas latitudes, pousando aqui e além para recuperarem energias, mas em que o seu destino final ainda está longe. São as denominadas migradoras de passagem.

Por último, temos aquelas espécies que, tendo como área normal de distribuição territórios bem distantes do nosso, por aqui surgem de quando em vez. São as chamadas espécies acidentais.

Todas estes grupos de espécies migradoras, aquando da sua estadia entre nós, convivem com as outras que aqui permanecem durante todo o ano e que por isso constituem o grupo das espécies residentes. 


Mas voltemos às aves da nossa cidade recuando um pouco no calendário ....

Em meados de Agosto os ninhos de cegonha-branca (Ciconia ciconia) encontram-se definitivamente vazios. As aves, incluindo os juvenis, já não os usam, pois encontrando-se dispersas durante o dia pelos campos próximos aí encontram  locais favoráveis para o descanso nocturno. Em breve estas aves juntar-se-ão a outras e outras mais, em territórios  cada vez mais afastados de Ovar iniciando assim o progressivo movimento de romagem a sul.


Quem por esta data também já deixou de ser visto nas suas deambulações citadinas atrás dos pombos domésticos foi o milhafre-preto (Milvus migrans). Esta ave é das primeiras a abandonar os locais de criação e a empreender o regresso a África, tal qual, a águia-calçada (Hieraaetus pennatus), outra protagonista regular dos céus vareiros durante o estio. 


 


Também por esta altura as andorinhas-das-chaminés (Hirundo rustica) deixaram de ser vistas a voar sobre o parque urbano da cidade. Poder-se-ia pensar que teriam partido já para África...mas não. À semelhança de todas as outras espécies migradoras, elas passam sempre um largo período de tempo, antes da migração, em zonas ricas em alimento, neste caso, prados húmidos onde os insectos são abundantes. Este período de tempo é fundamental para adquirirem o suporte energético que lhes permitirá realizar essa longa epopeia transcontinental.



A sua parente, a andorinha-dos-beirais (Delichon urbica), não é tão apressada...a cidade continua a proporcionar-lhe alimento e nos primeiros dias de Outubro ainda a pudemos ver e ouvir (embora em número reduzido) cruzando o ar com seus chilreios, conjuntamente com a residente andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris). 

Foi interessante registar o comportamento reprodutor tardio da andorinha-dos-beirais, no que respeitou aos dois ninhos que foram seguidos durante toda a Primavera e Verão e que aqui se relatou em apontamentos anteriores. É que em finais de Setembro os referidos casais continuavam a voar regularmente para os ninhos, embora com menor intensidade, tendo inclusivamente num dos casos havido a preocupação por parte do casal em recompor as paredes destruídas durante o pico da nidificação.







O mês de Setembro na cidade, além de assistir à preparação e início das viagens de várias espécies de aves para sul, assiste também à chegada crescente dos migradores vindos de latitudes setentrionais que, começando a sentir os primeiros frios, procuram temperaturas mais amenas nas nossas latitudes.

Para além da temperatura, estas aves são influenciadas por um outro factor físico decisivo no despoletar do seu instinto migratório - o fotoperíodo, isto é, a duração diária das horas de luz. Com o final do Verão no hemisfério norte a duração do período de luz começa a diminuir substancialmente obrigando algumas espécies a deslocarem-se para áreas mais meridionais onde encontram condições favoráveis à manutenção dos seus ritmos biológicos.

As migrações das aves são, de facto, um acontecimento que nos faz reflectir, mais uma vez, sobre a complexidade e funcionalidade das relações entre os seres e o meio ambiente, e que fazem da Terra o tal planeta único na vastidão do Universo! 



As aves migradoras à medida que vão chegando a Portugal vão ocupando diferentes habitats, que lhes oferecem as condições de abrigo e de alimento necessárias. Entre estas registemos algumas das primeiras migrantes outonais que começaram a frequentar os parques da cidade. 


Um dos primeiros a chegar, começa a ser visto desde Setembro, um pouco por todo o lado onde existam arvoredos. Trata-se do papa-moscas-preto (Ficedula hypoleuca). 




Já sem a sua vistosa plumagem nupcial, preta e branca, agora substituída por padrões branco sujo e castanho, mantém contudo a mancha branca nas asas. Se o observarmos com alguma demora constataremos a sua actividade irrequieta voando de um ramo para outro próximo, para pouco depois regressar ao inicial. E repete esta dança enquanto não se sentir obrigado a esvoaçar para longe. É mais uma espécie insectívora que vem muito cedo ocupar os nichos deixados livres por outras que já estão de abalada para sul.

Um migrador de passagem para África, observado frequentemente durante este mês, é a felosa-musical (Phylloscopus trochilus), muito semelhante à sua parente felosa-comum (Phylloscopus collybita), residente mas pouco frequente durante o estio. As felosas são pequenas aves, de cor cinzenta esverdeada, que procuram insistentemente insectos entre a folhagem das ramagens.



Estamos no início de Outubro e o andorinhão-preto (Apus apus) ainda anda por cá. Por vezes esta ave deixa de se avistar por uns dias mas logo reaparece, como já foi referido em apontamento anterior; as condições climatéricas são as grandes responsáveis por estas ausências, durante as quais a espécie empreende migrações internas em busca das grandes nuvens de insectos, também eles condicionados pelas deslocações constantes das massas de ar. Muito em breve andorinhão-preto empreenderá a sua migração para África.



Constata-se, assim, que a vida de cada um destes seres citadinos está condicionada não só pela do seu vizinho específico mas também pela vida das demais espécies que com ele interagem. Por outro lado, toda esta massa vivente não está encerrada em si mesma, antes depende também, dos elementos físicos ambientais. E estes, por sua vez, recebem influxos da biomassa fechando o ciclo.

Enfim, ocorrem na cidade os mesmos ciclos que em qualquer outro ecossistema natural ou semi-natural; daí a importância destes espaços citadinos para a biodiversidade em geral!



É esta teia complexa de relações, presentes em todos os biomas, que faz do planeta Terra um sistema biofísico muito complexo e extraordinariamente belo, sem dúvida!


Por estes dias de Outono, à medida que o Sol se vai elevando no horizonte e as copas das maiores árvores começam a ficar bastante iluminadas, os cantos das aves fazem-se ouvir melhor e no solo uma das residentes dos parques e jardins, a alvéola-branca (Motacilla alba alba) persegue incansável os preciosos insectos, base da sua dieta. 



A meio da tarde várias espécies de aves banham-se nas águas do rio Cáster; entre elas a alvéola-cinzenta (Motacilla cinerea), que por aqui esteve ausente durante o estio. 


Esta espécie embora residente na região vê a sua área de distribuição alargada durante o Outono com as aves migrantes vindas do norte; por essa razão passa a ser normal poder observá-la nas proximidades dos cursos de água do parque urbano.

O ritmo das estações marca a variabilidade do comportamento animal, mesmo para as espécies que não são migradoras. Por isso, é interessante referir a alteração do comportamento e da área de distribuição de duas espécies de passeriformes residentes e comuns na região. 

Uma delas conhecemos bem, o chamariz (Serinus serinus)...

Durante a época de criação os machos desta espécie, diariamente e do alto de pontos elevados, assinalavam os seus territórios cantando quase ininterruptamente. O casal constituía o núcleo familiar que seria em breve alargado com o nascimento das crias. Com a independência dos juvenis o núcleo familiar desfaz-se e as aves passam a viver em bandos que se dispersam consoante a disponibilidade alimentar do meio.

É assim que sob a luz dourada do entardecer podemos observar no parque urbano bandos ruidosos desta espécie, esvoaçando de árvore em árvore, camuflados entre a folhagem amarelada dos choupos e dos amieiros ou procurando alimento, de forma irrequieta, no solo. Ao menor distúrbio levantam voo de imediato ao mesmo tempo que vão lançando gritos de alarme.






Outra espécie, que não frequentava os parques da cidade durante a época de criação, porque preferia habitats mais selvagens, como extensos terrenos húmidos, é agora observada facilmente no parque urbano da cidade. Trata-se do cartaxo-comum (Saxicola torquata). 



A migração outonal vai sensivelmente a meio ... mais algumas espécies de aves haverão de chegar aos nossos parques e jardins durante este período ... e também para passarem por aqui o Inverno.

Os dias vão decorrendo soalheiros e sem grandes frios até à data ... as folhas das árvores continuam lentamente a acobrear lembrando que a natureza entrou decididamente no Outono, essa estação fabulosa em que as manchas arbóreas formarão belíssimos quadros multicoloridos até à chegada dos rigores do Inverno!