Praia de Cortegaça (de acentuada erosão) |
No passado dia 21 assinalou-se o Dia da Filosofia. Esta data foi escolhida pela UNESCO em 1995 aquando da Declaração de Paris, por se entender que os problemas de que trata a filosofia são os problemas da vida
e da existência dos homens considerados universalmente. Nas referidas jornadas da UNESCO foi entendido, entre outros, que a actividade filosófica:
- não deve retirar nenhuma ideia à livre discussão;
- deve examinar com atenção os argumentos dos outros;
- deve favorecer a
abertura de espírito, a responsabilidade cívica, a compreensão e a tolerância
entre os indivíduos e entre os grupos;
- deve formar espíritos livres e reflexivos,
capazes de resistir às diversas formas de propaganda, de fanatismo, de exclusão
e de intolerância;
- deve contribuir para a
formação de cidadãos, exercendo a sua capacidade de julgamento, elemento
fundamental de toda a democracia.
Vem isto a propósito de que a cultura filosófica defendida pela UNESCO foi para alguns filósofos da nossa terra, em tempos recentes, "osso bem duro de roer", diria mesmo, "osso nunca suficientemente roído".
De facto, entre a dialéctica construtivista das teses defendidas por estes filósofos (ávidos únicamente de poder) e a dialéctica da acção, anti-democrática porque intolerante, vai um enorme fosso. Este fosso traduziu-se numa fraude à res publica, numa atitude intelectualmente desonesta.
Mas a História não perdoa e registará que: passam os filósofos, mas fica a filosofia!
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