quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Mata litoral vareira corre risco de incêndio!

Face à falta de cuidados verificados na gestão dos resíduos florestais na mata litoral do concelho de Ovar a secção ovarense do partido Bloco de Esquerda apresentou também no passado dia 11 de Agosto um requerimento em Assembleia Municipal onde era solicitada à autarquia uma nova forma de intervenção sobre as aparas de madeira acumuladas na mata de forma a minimizar os riscos de incêndio. Foi também distribuída uma nota de imprensa onde aquela força partidária apresenta as suas razões.





Nota de Imprensa
Risco ainda se mantêm na Floresta


Dois meses depois do alerta lançado pelo BE / Ovar sobre as montanhas de aparas resultantes da acção de limpeza da Floresta no litoral do concelho de Ovar que se concentraram ao longo da Estrada da Floresta entre o Furadouro e Cortegaça, como potenciais focos de risco de incêndio em época de Verão. Ainda que se reconheça que foi feito um significativo esforço para atenuar o evidente risco que pairou sobre o valioso património ambiental que representa a vasta área florestal. As medidas não foram ainda suficientes para afastar todos os riscos e garantir que o resultado do processo inerente á limpeza da Floresta não se traduza ironicamente em factor de risco para a defesa da paisagem florestal.
Ao contrário do que foi garantido pelo executivo camarário na reunião da Assembleia Municipal de Ovar no dia 27/06/2008, de que a empresa responsável pela operação que esteve em curso através da técnica do destroçador resolveria até ao final do mês de Julho o assunto. Tal, não só não aconteceu, como não foi concluída até ao momento toda esta operação, deixando ainda algumas montanhas de aparas como potenciadoras de risco para a segurança da Floresta. Ao mesmo tempo, ficaram ao longo da Estrada da Floresta vários depósitos de aparas resultantes da operação do destroçador que teve início de norte para sul e está ainda em grande parte por ser feita a sua trasfega. Concentrações de matéria para as centrais de biomassa, que, mesmo que eventualmente em menor risco, não deixará de ser factor facilitador de propagação de incêndio, que só as baixas temperaturas têm ajudado a desresponsabilizar uma operação executada de forma pouco coerente com todas as campanhas de sensibilização para a defesa das florestas, como a que foi lançada pelos Bombeiros “Portugal sem fogos depende de todos”.
Tendo por base as preocupações atrás expostas o BE / Ovar defende, que este tipo de limpeza da floresta, ainda que seja um processo fundamental, deve ser feito em função da capacidade de trasfega do material biomassa, para assim se evitar o reconhecido risco que representa o cenário potenciador de incêndio, contrariando as regras mais elementares de segurança deste património ambiental.
O BE defende ainda que as várias entidades responsáveis por esta operação de limpeza e trasfega, devem retirar as devidas ilações que evitem a repetição do cenário dantesco que esteve presente durante a época mais propicia a fogos florestais, numa área sensível ambientalmente como é a Floresta que exige o compromisso de defesa através de práticas coerentes com as campanhas de sensibilização e cada vez mais pedagógicas sobre a sua importância para a vida.

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