sábado, 5 de janeiro de 2013

O Parque das Vaidades!

Deveria ser, de facto, um Parque Urbano moderno, compatibilizando a Natureza e a cidade. Tinha condições naturais para isso. Faltou apenas a capacidade humana para saber concretizar tal projecto.

Para a história da cidade fica uma obra caríssima (nomeadamente, pela quantidade desmesurada de pedra utilizada), um trajecto para passeios de Domingo à tarde, ..... um atalho  entre os Pelames e o centro da cidade,.....uma toalha de água para os patinhos continuarem a fazer aquilo que sempre fizeram no rio... 

E a fauna selvagem que lá existia? Porque não se criaram condições para que lá permanecessem? Seria muito mais interessante os cidadãos poderem passear e poderem ver várias outras espécies....sentirem em pleno centro da cidade, a Vida Selvagem. Ouvirem os cantos dos rouxinóis....ou a visão de uma garça......ou o voo do guarda-rios.....

Por isso é que questiono: será que em vez da animação vivida em torno do pagode não se deveria ter antes celebrado o Requiem por um magnífico projecto perdido? 

Isso agora já não importa, dirão alguns. Tratar-se-à de uma mera questão filosófica! (e de filosofia nada percebo).

O que verdadeiramente conta é o folclore político. São 18h30, a noite já caíu, o povinho dispersou há muito e junto ao pagode uma meia dúzia de senhores olham para o céu: está a acontecer uma valente descarga de fogo-de-artifício! 

Terminou a cerimónia. Vivam as vaidades políticas!




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