O Dia da Árvore é sempre uma ocasião especial para recordar que, as árvores são surpreendentes fontes de vida.
Ao longo dos seus troncos e por entre a maior ou menor profusão de folhas, inúmeros insectos repousam, alimentam-se, reproduzem-se e vivem.
À sua sombra e no solo húmido crescem diversos fungos, nem todos bons para o consumo humano, mas todos com funções ecológicas bem definidas, nomeadamente, no ciclo da matéria orgânica.
Quando suficientemente desenvolvidas, as árvores fornecem alimento e abrigo a uma variedade de espécies animais.
Borboletas, diurnas e nocturnas, conseguem camuflar-se e passar muitas vezes despercebidas quando pousadas nos troncos e ramagens das árvores. Contudo, a especialização adquirida pelos pássaros insectívoros permite-lhes que aquelas criaturas também integrem as suas dietas, complementadas, com outras espécies de insectos.
Os pássaros granívoros e alguns mamíferos alimentam-se das bagas arbóreas e é entre as árvores que encontram esconderijos essenciais para a procriação.
Quando as árvores se encontram próximo dos cursos de água, as suas funções de suporte de vida amplificam-se. Desde a retenção do excesso de água no solo, à estabilização das margens, as árvores são elementos essenciais da paisagem ribeirinha. E é também aqui que as árvores redobram de importância para os animais silvestres. Aves de rapina e garças tendem a usá-las como locais estratégicos para mais facilmente obterem alimento e estabelecerem os seus ninhos.
Vegetação ribeirinha antes do aparecimento do Parque Urbano de Ovar (Março 2011) |
Mas, árvores sem vegetação arbustiva em redor formam sem dúvida um ecossistema adulterado.
Os arbustos, de portes variáveis, nas margens dos cursos de água são a primeira e fundamental barreira para a estabilização das margens aquando das cheias. E não só. Permitem a ocupação dos cursos de água por espécies aquáticas, como, lontras, galinhas-d'água, galeirões, garças e diversos passeriformes.
Os arbustos, de portes variáveis, nas margens dos cursos de água são a primeira e fundamental barreira para a estabilização das margens aquando das cheias. E não só. Permitem a ocupação dos cursos de água por espécies aquáticas, como, lontras, galinhas-d'água, galeirões, garças e diversos passeriformes.
É por isso que, parques românticos, ricamente plantados de árvores e corações relvados, mas pobres de vegetação ribeirinha, regalam a vista e satisfazem o lazer mas não valorizam o património natural local.
Parque Urbano de Ovar (actualidade) |
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