A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, como uma forma de reconhecimento da importância do turismo na aproximação dos povos, no intercâmbio de culturas e na preservação das heranças civilizacionais, de forma a fortalecer as relações entre as nações e a promover e estimular os esforços de paz no mundo.
Esta iniciativa, como aliás outras celebradas em anos anteriores, surgida da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20), representa uma oportunidade para as actividades turísticas nacional, regional e local se enquadrarem cada vez mais e melhor no desejável desenvolvimento social, económico e ambiental de cada região e do país.
Por cá, na nossa cidade de
Ovar, adormecida no tempo pela inércia de alguns dos seus últimos governantes, estagnada
há várias décadas do ponto de vista da sua dinamização comercial e ultrapassada
na sua importância e influência territorial face a outros concelhos limítrofes,
urge uma mudança. Uma mudança pela valorização dos seus recursos, não só do
carnaval e do pão-de-ló, mas também e sobretudo, dos nossos recursos
ambientais, como sejam as nossas paisagens campestres, florestais, a nossa ria
e o nosso mar. Mas neste particular, valorizar a ria e a costa não pode passar,
como tem sido um habitué nestas
últimas Câmaras, por intervenções avulsas, desajustadas e sem lógica, muito
mais reflexo de vaidades pessoais do que propriamente de projectos devidamente
estudados e estruturados.
2017 chegou, pedindo-nos
mais e melhor para se conseguir avançar no nosso desenvolvimento, recorrendo
para isso à prática de um turismo de qualidade. Promover o turismo sustentável para
o desenvolvimento do concelho de Ovar terá obrigatoriamente que passar pela
escolha cuidada dos seus dirigentes, de forma a garantir no futuro o
desenvolvimento de todas as suas freguesias (e não apenas daquelas que dão mais
votos!) nas suas diferentes vertentes, social, económica e ambiental.
E
é assim que, neste início de Ano Novo, não há motivos para que haja lugar a
foguetes e honrarias, porque há praticamente tudo para fazer e outro tanto para
refazer……
(artigo publicado na Revista Reis, n.º 51, 2017)
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