segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Migradores outonais na Ria de Aveiro (IV)

O movimento migratório das aves que chegam à Ria de Aveiro neste Outono, que vai seguindo com temperaturas ainda moderadas, começa a revelar aquelas espécies que não sendo novas na laguna ainda são consideradas raras. Está neste caso a Garça-branca-grande (Casmerodius albus).

 

É uma visão muito grata quando ao longe, por entre as gramíneas altas dos prados, se consegue vislumbrar esta ave, graças aos comprimentos do seu pescoço e bico que não deixam margem para dúvidas.

 


Adoptando estratégias de campo adequadas é possível observar esta raridade com maior proximidade.





Então, constata-se que com um tamanho próximo do da Garça-real (Ardea cinerea), se distingue perfeitamente desta pela cor branca da sua plumagem.  Muito maior que a garça-branca-pequena (Egretta garzetta), que apresenta também uma plumagem impecavelmente branca, distingue-se desta última, pela coloração amarela do seu bico e pela coloração preta dos dedos.



Também é possível confirmar que esta ave, no solo, é menos tímida que a Garça-branca-pequena e que ao voar, o faz com um batimento de asas mais compassado.

É uma delícia apreciar o seu modo de caça, com uma progressão no terreno, que considero intermédia entre a maior lentidão da Garça-real e a maior rapidez da Garça-branca-pequena.

 


 

A observação desta espécie é, de facto, um brinde entre as muitas belezas que o Outono nos traz!

 

 

 

 

 

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