domingo, 30 de janeiro de 2022

O atentado, o monge e a anedota


Nas últimas semanas tem havido uma revolta generalizada da população ovarense (e não só) perante o plano de devastação de uma área significativa da floresta litoral de Pinheiro-bravo (Pinus pinaster). 

O plano do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (como se as florestas não fizessem parte da natureza mas antes de um negócio à parte!) que se pretende implantar no concelho tem a anuência da Câmara Municipal de Ovar, pois esta não terá reconhecido que se irá cometer um verdadeiro atentado ao seu próprio património natural. 

Com um presidente de Câmara academicamente formado na área do ambiente é caso para confirmar aquele velho ditado que diz que "o hábito não faz o monge". 

Enquanto o mundo se desdobra em conferências acerca do clima e da adopção de medidas para a conservação global dos ecossistemas, a Câmara Municipal de Ovar devia ter sido capaz de dialogar e argumentar com o ICNF no sentido de preservar este recurso secular. Não o fez. Uma verdadeira anedota!

E é com a plena consciência de que esta anedota se pode transformar num empobrecimento do pinhal de Ovar que, a comunidade em geral se tem movimentado para pôr cobro a esta desajustada pretensão.






2 comentários:

Mixan disse...

👏👏👏

Álvaro Reis disse...

Felizmente que a resistência valeu o fim desta agressão.