(continuação)
Quando o vento já vai longe e as nuvens já descarregaram toda a água que transportavam, o céu começa a abrir espaços por onde se esgueiram os primeiros raios de sol, que horas depois se transformarão numa "lavada" luminosidade.
O arvoredo retoma, então, as suas fascinantes colorações, com o vermelho vivo dos liquidambares e os tons amarelos queimados dos plátanos a contrastarem na perfeição com o fundo claro das acácias (Acacia sp.),...
... o fundo escuro dos pinheiros-mansos (Pinus pinea)...
... e o amarelo encantador das Gynkgo.
Os dias estão a amanhecer radiantes mais uma vez.
E esta luminosidade interfere com o comportamento das aves nos primeiros momentos do dia. Distante, provindo do interior do parque, um coro de cantos demonstram-no.
Mais perto, casais de rolas-turcas em voos estonteantes acabam por poisar nas varandas, ensaiando de seguida algumas coreografias emparceiradas.
Pela beira dos caminhos, as desinibidas alvéolas-brancas (Motacilla alba), calcorreiam em busca de pequenos insectos, antes de esvoaçarem para o prado onde as orvalhadas da noite favorecem o despertar dos pequenos vermes.
Os dias estão a aquecer bastante a partir do meio da manhã. Bastante, a ponto de confundir este final de Outono.
Sem comentários:
Enviar um comentário