Indiferente às asneiras de (des)ordenamento que naquela praia têm sido permitidas, indiferente à irresponsabilidade de quem devia ao longo dos anos ter reclamado intervenções consistentes para defesa da costa.....o oceano aí está...mais uma vez a reclamar a sua vontade de avançar terra adentro.
Chama-se a isto «transgressão marinha».
Ontem Domingo, ao fim da tarde ia acontecer mais uma preia-mar e as centenas de populares presentes na praia observavam as investidas do mar sobre a frente marginal.
Pelas ruas abaixo corria, à semelhança do que havia acontecido no dia anterior, a água marinha.
Um cenário deprimente e de deixar em sobressalto quem tem assentamento na «linha da frente».
Afastada dos muitos olhos que observam a zona urbanizada do Furadouro está a praia a sul. Essa martirizada faixa que recua a um ritmo impressionante, como resultado da presença dos esporões do Furadouro, os quais servem únicamente para isto: destruir a faixa costeira a sul!
Como já alertei,* o «efeito de esporão» conjugado com o «efeito de enrocamento» originam uma tão grande violência no ataque da ondulação à costa que os galgamentos nesta faixa da costa, entre o Furadouro e o Torrão do Lameiro, têm-se intensificado cada vez mais.
Dado que o clima de agitação marítima ocorrido nestes dias não correspondeu a uma situação de temporal, é de esperar que outras situações bem mais graves possam vir a acontecer durante os meses de Inverno na praia do Furadouro.
* in "A Praia dos Tubarões"
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