domingo, 22 de janeiro de 2012

A crise não é para todos!


Tal como já tenho referido, a construção de novos espaços verdes citadinos não tem que passar pela destruição dos espaços verdes já existentes, sobretudo quando estes constituem habitats de protecção prioritária, nomeadamente ao abrigo de Directivas Comunitárias.


É verdade, que em Portugal estamos já habituados a assistir à ocupação de território de Reserva Ecológica Nacional (REN), de Reserva Agrícola Nacional (RAN) ou de Domínio Público Hídrico, por infraestruturas de interesse ou oportunidade questionáveis. 

A actual intervenção para construção do Parque Urbano de Ovar enquadra-se exactamente nas referidas premissas. Senão vejamos:


Primeiro, porque corresponde a uma intervenção desajustada do ponto de vista ambiental, uma vez que não conseguiu adequar as características dos habitats ribeirinhos existentes, de protecção recomendada, com os objectivos do Parque Urbano a construir. 

Em segundo lugar, porque obteve pareceres favoráveis de diversas entidades, apesar de não ter sido efectuado um Estudo de Impacte Ambiental.

Além destes dois factos de cariz negativo, surge um terceiro que se avoluma de dia para dia: o gasto em pedra. 

É uma verdadeira fortuna aquela que se vai investindo neste recanto da cidade. Todos os terrenos particulares estão a ser murados com lajes de granito, além claro, daquelas edificações estranhas semeadas aqui e além. 





Construções, não sei bem se ao estilo "romano", "castrense", "romântico", ou ..... "ovarense", mais provavelmente. 




Numa altura em que a todos é pedido contenção de gastos .... as obras do Parque Urbano de Ovar teimam em contrariar a crise!



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