A maré-baixa na Ria, assoreada, impede a labuta ... o frio também dá uma ajuda.
O caniço seco e as árvores sem folhas aguardam pelo sol da Primavera.....mas continuam a servir de abrigo a variadíssimas espécies animais.
O rio Cáster corre veloz e castanho, arrastando consigo muita terra, antes fértil, agora inerte e perniciosa....
A água acumulada em pleno cordão dunar, origina charcas, que atraem algumas espécies animais e permitem o crescimento de outras vegetais.
Maçaricos, garças, pilritos e demais limícolas enchem as vasas e os sapais da Ria de Aveiro. São consumidores e contribuem decisivamente para a biodiversidade das Zonas Húmidas.
O mar furioso desgasta a arriba dunar. Menos arriba, menos floresta, menos diversidade biológica.
Os patos levantam voo sobre o sapal húmido, num alvorecer nebuloso, em plena Ria de Aveiro.
O anoitecer chega bem cedo, pois é Inverno! Mas não há mal nenhum nisso, pois os seres vivos estão bem ajustados ao fotoperíodo.
A natureza....as naturezas do Inverno, embora "silenciosas", também naturalmente promovem a Diversidade Biológica. Desde que não sofram agressões por parte do homem.
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