sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Notas de campo: verdes prados da Ria de Aveiro

Campos da Ria no Inverno
Se na Primavera e no Verão os campos se vestem de verde, com as culturas que o homem lá quer ver crescer, no Inverno, o verde húmido do pasto, resultado da chuva que já encharcou ou da geada da última noite, fornecem o cenário de fundo para alguns intervenientes pintarem a seu bel-prazer, mais uma agradável paisagem da beira-ria.

Empoleirada no cimo de um poste, a águia-d'asa-redonda (Buteo buteo), que neste período do ano se deixa ver por todo o lado e em número interessante, espera o tempo que for necessário para capturar o pequeno rato-do-campo (Pitymys duodecimcostatus) que atrevidamente sai da sua galeria subterrânea. Não muito afastada daquela rapace encontra-se outro indivíduo da mesma espécie, pousado sobre uma cancela, bastante mais próximo do solo. 

Garça-boieira



Indiferentes à presença das rapaces acham-se as garças-boeiras (Bubulcus ibis). São duas dezenas espalhadas pelo prado... catando os pequenos invertebrados que por ali abundam.

Bando de estorninhos na árvore e nos cabos
Ao fundo do prado, ora esvoaçando para o solo, ora para os cabos sobrelevados, ora para um arbusto próximo, ora novamente para outro sector dos cabos, está um bando de estorninhos-malhados (Sturnus vulgaris). Estes nossos visitantes invernais não passam assim despercebidos, devido aos seus constantes movimentos e à sua frenética piadeira.



O canto típico do pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) só agora se fez ouvir! Foi preciso a águia-d'asa-redonda, mais próxima, ter levantado voo, para esta pequena ave, escondida no arvoredo, se deixar localizar. Também uma rola-turca (Streptopelia decaoto), das muitas que hoje em dia se avistam praticamente em qualquer lugar, pousa no cabo de onda a águia antes levantou voo. 

E entre os que partem e os que chegam ao prado, partimos nós também desta curta paragem ....

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