quinta-feira, 10 de março de 2022

A Pega-rabuda (I)






A Pega-rabuda (Pica pica) foi baptizada anteriormente de raínha do Parque Urbano, dado ser uma espécie omnipresente no mesmo e neste encontrar o habitat perfeito para se alimentar e reproduzir.



E, se é verdade que a espécie é comum na área do parque, não é menos verdade que continua a estar presente em áreas envolventes ao mesmo.

Nada discreta, não só pela sua movimentação irrequieta no solo mas também pelos chamamentos frequentes que lança, a Pega-rabuda granjeou ao longo da história um epíteto nada simpático: o de ladra. 

Este corvídeo sendo omnívoro, alimenta-se, predominantemente, de insectos, pequenos animais, vegetais e cadáveres, que encontra no solo; contudo, a sua atracção por objectos reluzentes, como moedas, que transporta para os ninhos foi a razão de no passado ter merecido tal adjectivação.




Durante o Inverno os casais andam juntos, embora ao fim da tarde se reúnam em grupos maiores para pernoitarem em pinhais ou pequenos bosques.

Antes de entrarem nos dormitórios posicionam-se em locais destacados próximos dos mesmos, como que num último convívio social antes do descanso nocturno.




Com a chegada da Primavera os casais iniciam a época da reprodução. Contudo, este ano, provavelmente devido ao padrão climático anormal, esta espécie (como outras mais), vêem alterados os seus calendários biológicos, dando início em meados de Fevereiro ao seu ciclo reprodutivo. 


(continua)




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